Quando estamos em momento de crise é natural sentirmos medo, é natural acharmos que tudo acabou, é natural pensarmos em nossos filhos, netos, é muito comum isso entre as pessoas, porém eu já ouvi muitas pessoas dizerem que crise sempre vai existir e é nos momentos difíceis que conseguimos mudar, criar e fazer o nosso melhor. E para afirmar isso nad melhor do que ele Flávio Augusto (#GV) para nos ensinar sobre o que ele passou e o que ele tem hoje, e o engraçado que tudo começou quando o Brasil passava por uma crise que assustou a muitos, alguns até se suicidaram segundo o próprio Flávio diz no texto abaixo.

Resolvi colar o texto dele aqui no meu blog, pois com certeza assim como me inspirou vai inspirar muitas outras pessoas:

COMO EMPREENDER EM CENÁRIOS INSTÁVEIS?

Comecei minha carreira em 1991, quando tive minhas primeiras lições de mercado ainda aos 19 anos de idade.

Qual era o cenário nesta ocasião?

Fernando Collor de Melo era o presidente do Brasil. Eleito em 1989, tomou posse em 1990.

O Brasil vivia uma inflação louca de mais de 80% ao mês. Os preços de tudo mudavam duas vezes por dia e até mesmo as donas de casa precisavam agir como verdadeiras economistas para aplicarem seu dinheiro. Pra que você entenda bem o que significa uma inflação de 80% ao mês, imagine que o seu salário é de 100 reais. Ao final do mês o seu salário se tornava algo equivalente a 20 reais, porque 80% dele foi consumido pela inflação. Para isso, existiam complexos dispositivos bancários e de indexações para que as pessoas conseguissem proteger um pedaço de seu poder de compra. Era um caos.

Na tentativa de resolver a economia, uma das primeiras decisões do governo Collor foi um pacote ousado e inesperado de confisco de dinheiro da população. O chamado Plano Collor. Todos os brasileiros tiveram a sua poupança confiscada, deixando apenas um pequeno valor a disposição de cada um. O valor confiscado seria, um dia, devolvido para todos. Alguns se suicidaram, outros que tinham compromissos a serem honrados quebraram e houve uma revolta generalizada. O que se esperava era que como os ricos são a minoria, que a grande massa aprovasse as medidas. No dia 29 de dezembro de 1992, Collor foi deposto pelo processo de impeachment. Três dias antes, no dia 26 de dezembro, com 20 anos, eu me casava com Luciana que tinha 17 anos de idade. Estávamos decididos a iniciar a nossa vida e escrever a nossa história com as nossas própria mãos.

Neste cenário, com o mercado sem dinheiro, desemprego alto, recessão e com inflação explodindo, foi que eu comecei a minha carreira profissional. Neste época, dizer que falar inglês um dia seria importante como sabemos hoje, era uma grande novidade. Enquanto as pessoas trabalhavam para sobreviver, vender cursos de inglês neste cenário requeria uma habilidade e idealismo acima da média.

Trabalhei por 4 anos nesta empresa e escalei vários cargos até ser um diretor de 4 cidades, responsável por 20 gerentes em minha divisão, ganhando 7 mil dólares por mês, com apenas 22 anos de idade. Neste ano, em 1994, entrou em cena o Plano Real que finalmente conseguiu implantar uma economia estável no Brasil. Neste cenário, coincidia com a minha decisão de largar aquele ganho, pedindo demissão daquela empresa que representou para mim o meu MBA em cenários turbulentos, para abrir o meu próprio negócio. Em abril de 1995, inaugurei a primeira escola da WiseUp que 18 anos mais tarde, veio a ter quase 400 escolas em funcionamento em 6 países e que gerou mais de 10 mil empregos diretos no Brasil.

O que aprendi naquele ambiente turbulento?

DICA 1:

Crise é sinônimo de oportunidades – Não gosto de crises e prefiro muito mais os ambientes estáveis. No entanto, não temos o controle sobre o que acontece no país e no mundo, logo, as crises sempre virão e se destacam os que sabem lidar com ela, ou melhor, os que sabem aproveitar as oportunidades que aparecem no meio delas. Eu costumo dizer que em momentos de crises, o dinheiro troca de mão. Os velhos ricos sempre darão o lugar aos novos ricos que viram de baixo, os que são mais resistentes `as mudanças e são mais arrojados, enquanto os velhos ricos ficam na defensiva porque acham que tem algo a perder. Geralmente, perdem por não saírem da defesa e acabam levando uma goleada. Afinal, quem não faz leva.

DICA 2:

Numa crise é preciso ter um grau maior de idealismo – Prosperar no deserto da crise requer mais idealismo. Tecnocratas não resistem aos percalços e não encontram razão para acordar pela manhã. Mergulham na lamúria da autopiedade e se afogam no mar das lamentações. A crise é o campo de batalha perfeito para você tirar a poeira de sua espada e escudo que ficaram guardados nos momentos de bonanza. Associar o seu negócio a um ideal mais forte e saber envolver o seu time neste propósito, fará com que você consiga navegar contra o vento e a correnteza.

DICA 3:

Durante a crise é preciso mudar a mentalidade e parar de fazer comparações – O mercado muda, a economia muda, a realidade muda, logo e é preciso compreender as mudanças, reformatar a visão e sua compreensão da realidade e olhar para frente. Evite ficar fazendo comparações com o passado, falando da época que o dólar custava 1.56, que você viajava para o exterior todos os anos e que tudo era mais fácil. Essa época passou e agora, quanto mais tempo você compreender que a realidade mudou e por isso, sua mentalidade e disposição também precisam mudar, menos chances terá de prosperar durante a crise a maior a possibilidade de você aumentar as estatísticas de fracasso.

DICA 4:

Na crise, o que é problema para alguns, desemprego por exemplo, pode ser uma oportunidade pra você. Excelente mão de obra fica disponível em tempos assim. Pessoas que querem virar o jogo e por isso, podem se tornar excelentes aliados para construírem seu projeto ao seu lado. Em tempos de crise, as pessoas precisam se preparar muito mais. Por isso, o setor de educação é sempre uma tendência.

DICA 5:

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Em tempos de dólar alto, exportar o seu produto ou serviço pode ser uma boa saída. A expansão internacional pode ganhar o lugar da abertura de novas filiais no país e a conquista de novos mercados em terras estranhas, uma nova tendência.

DICA 6:

Durante a crise, separe as estações – É muito comum em tempos de crises acontecerem manifestações e mobilizações em torno do ambiente político. Não permite que esta agenda ocupe 100% de seu foco. Faça a sua parte, mas no dia seguinte, volte para o seu trabalho, para o seu projeto e concentre-se em liderar a sua equipe na direção certa. Cuidado para não transformar a sua equipe de trabalho num movimento social. Em casos assim, a produtividade cai mais de 50% por um erro estratégico de gestão de pessoas.

DICA 7:

Afaste-se dos que aproveitam a crise para justificarem o seu fracasso. É fato que muitos passam dificuldades numa crise, no entanto, para vencer durante a crise é preciso reposicionar a sua mentalidade, o seu foco e estar atentos as oportunidades como já citei. No entanto, os que não foram capazes de rapidamente reorganizarem o foco de seu negócio passarão por muitas dificuldades. Alguns, em vez de aprender com a experiência, não se levantam mais e acabam por influenciar a outros que ainda lutam por seu objetivo. Selecione bem quem vai ter a permissão de depositar informações nos seus ouvidos.

DICA 8:

Durante a crise, observe quem está vencendo – Busque identificar os que surfarão as melhores ondas. Observe o que fazem, suas táticas, como abordam o mercado e razão de seu sucesso. Aprender com maiores referenciais é sempre recomendável em qualquer cenário, em especial numa crise.

DICA 9:

Não se apegue a nada. Se o seu produto ou serviço não fazem mais sentido, mude, recomece, identifique e observe a sinergia entre a atividade que você exerceu e as novas tendências a fim de otimizar os esforços e investimentos para o seu novo foco.

DICA 10:

Por fim, a crise é um ambiente perfeito para os mais determinados, para os destemidos, para os que não se esmorecem por conta das adversidades e desejam mudar de vida e proporcionar uma vida melhor para sua família, apesar do cenário adverso. Coitadistas e vitimistas padecem na crise e estão sempre prontos a encontrarem um culpado. Numa crise, os protagonistas são os que terão história pra contar e darão muitas risadas no futuro, contando para os seus filhos e netos como venceram em meio ao caos.

Por fim, a crise pode acontecer na cidade, no país ou até no mundo. No entanto, você pode não sofrer os efeitos dela, ou melhor, pode até crescer durante a crise, se tiver a mentalidade certa e souber posicionar o seu projeto com inteligência. A propósito, no ano de 2008, quando o mundo entrou numa grande crise financeira, foi quando minha empresa começou a crescer mais de 50% ao ano, contrariando todas as estatísticas.

Sobre crise, eu não li em um livro e nem escutei sobre isso numa cadeira da faculdade. Vivi intensamente tudo isso nas últimas duas décadas e com resultados positivos. Vivo hoje mais uma vez, empreendendo em diversos setores. Desejo a você todo sucesso nesta nova fase do Brasil. Não é fácil, mas é possível.

Força GV. Quero ouvir e contar as suas histórias de sucesso.
Quanto as minhas histórias, também quero continuar fazendo jus e obtendo bons resultados para poder compartilhar com você por aqui todos os dias.

ABRAÇOS A TODOS

Flávio Augusto

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